sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Se eu fosse uma casa, seria...

Os alunos do 5º ano aceitaram o desafio: serem casas, descreverem-se em palavras e por fim transformarem-se em imagem!
Alguns dos resultados mais criativos podem ser visitados a seguir:

«Eu seria de ouro, com sofás de lápis e o meu escritório seria feito de almofadas. Na minha casa o telhado seria feito de cheesecake, o meu quarto seria de cabelo e a cozinha de palavras. Janelas de batatas fritas e a casa de banho seria de mel e metal.» K.


«Seria fixe, natural, teria vários andares com animais, teria um campo de basket, um campo de abórismo (monte de árvores para trepar) teria uma cozinha toda xpto e seria totalmente inassaltável. Haveria sempre paz e teria um sítio que faria ficar toda a gente com o super-poder que quisesse. Teria animais, dinossauros e animais mitológicos...» A.


 «Eu seria uma casa aquática com três andares e com uma vela de corrida, seria grande e forte como um boi.» L.


«Eu seria rectangular, era feita de ferro, pintada de aço metálico com um telhado todo prateado metálico e triangular. Com móveis de ouro e prata. E tinha um jardim com relva de ouro.» J.


«Se eu fosse uma casa seria de cor castanha clara. Por dentro seria suja e desarrumada e a mobília seria preto, azul, bege e castanha. Teria uma piscina da mais bonita cor de azul. A casa seria torta. Teria uma casa ao lado da minha que eu utilizo para mostrar as minhas medalhas e troféus de ténis. Seria habitada por "ciganos".» M.











Obrigada a todos pelo entusiasmo!

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Ginásio da Mente - Pensar: a imagem como estímulo

Estímulo utilizado na mais recente sessão no Colégio Central de Gueifães:


Seguiu-se a elaboração de questões:
 fazer perguntas à imagem ou a partir da imagem.

A pergunta mais votada:
Porque é que nós imitamos?

Depois de uma breve discussão clarificadora, reconstruída com maior precisão e objecto do diálogo:

Porque é que nos imitamos uns aos outros?


O percurso:

O que é imitar? Imitamo-nos? Quando? Exemplos? Porquê? 

Imitar é bom? Porquê? É mau? Porquê? 

Devemos imitar? Não. Porquê? Sim. Porquê? E quem?

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Como Deus Nasceu?

O prometido é devido! Hoje a sessão foi dedicada a uma das perguntas consideradas mais interessantes pelo grupo de Filosofia para Crianças 4º B&C: «Como Deus nasceu?»

Várias hipóteses foram lançadas:



Porém, analisando com cuidado cada uma delas, fomos vendo que nem todas resistiam ao nosso exame.
É o caso de "num estábulo", pois responde à pergunta onde e não à pergunta como.
(Além disso, «se Deus nasceu num estábulo ele teria que o ter criado, antes mesmo de nascer...»)

- Há mais alguma hipótese deste género?
- Sim, a hipótese "no céu": refere-se ao local e não à maneira como Deus nasceu. (Catarina)

Além de nos guiar à distinção entre "do céu" e "no céu", a nossa investigação levou-nos a agrupar outras promessas de sucesso: "caiu do céu"; "caiu do céu com a chuva" e "Deus estava numa nuvem e caiu com um trovão". É óbvio, em todas estas hipóteses Deus caiu.

Um fecho forçado pelos bichinhos carpinteiros dos participantes e pelo adiantado da hora fez-nos ir para casa com a hipótese apontada como mais razoável: "Deus não nasceu".

Bom diálogo por aí e até à próxima sessão!

(Sessão do 4º B&C)

domingo, 8 de dezembro de 2013

Exercício DESENHAR CONCEITOS

                          Ginásio da Mente no Colégio Central de Gueifães
                                              (sessões de 60 minutos, alunos de 5 a 7 anos)

 Saco cheio de conceitos; Uma criança tira um conceito; Conceito sacado: em busca de uma definição (diálogo: conhecemos? o que é; o que não é; exemplos); Desenhar o conceito (em total silêncio, impera a concentração); Partilha de desenhos: Onde está o conceito? É uma boa representação? Porquê?; A criança que sacou o conceito escolhe outra para sacar o próximo.








 



Adaptado e abreviado do exercício Depicting Concepts, apresentado por Nuno Paulos Tavares no Istambul Sophia (European Foundation for the Advancement of Doing Philosophy with Children) Meeting de 2011.

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

ENTELÉQUIA no COLÓQUIO LONERGAN: "CRISE SOCIAL E CONHECIMENTO DE SI"



DESTAQUE: 6º Painel - REFLEXÃO FILOSÓFICA E ACONSELHAMENTO



Moderadora: Irene Borges Duarte (Universidade de Évora)

. José Barrientos (Universidade de Sevilha)

. Nuno Paulos Tavares (Enteléquia - Filosofia Prática)
   Apontamentos sobre a crise, hoje: casos de consulta, fobia conceptual e um país que (se) pensa.

. Alves Jana (APAEF)
Siga o LINK para o PROGRAMA completo.
Siga o LINK para BERNARD LONERGAN ARCHIVE.
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Instantâneo visual do 6º painel:

terça-feira, 26 de novembro de 2013

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Pergunta e Imagem: que Relação ?

Podemos Conhecer?

vs


«O que esta imagem relaciona com a pergunta é que primeiro sem os olhos não podemos ver a pessoa ou o objecto mas não quer dizer que sem os olhos não podemos conhecer algo ou alguém e, segundo, como existe[m] olhos diferentes na imagem acho que qualquer pessoa ou outro ser vivo conhece qualquer coisa de maneira diferente. Porque toda a gente é diferente das outras e é por isso vivemos num mundo cheio de mistérios. E finalmente podemos conhecer algo ou alguém através de um olho? A resposta é sim e não, dá para ambos os lados, 50/50.» R. 8º ano


Este é apenas um exemplo de relação! - a investigação promete e continuará na próxima sessão!

Grata pelo empenho de todos!

sábado, 23 de novembro de 2013

Amor Emaranhado


A sessão de hoje, nem de propósito, começou por uma euforia misturada com pó de giz:
I love Filosofia para Crianças.
A Oficina de Corações acompanhou-nos durante cerca de uma hora e, mais uma vez (sorriso), a sessão decorreu de um modo totalmente diverso do planeado.
Ao longo da leitura da história, as meninas faziam de Beatriz sem coração, os meninos de Matias que consertava corações.
Decidiu-se trocar os papéis: meninos agora são a Beatriz, do olhar frio e meninas o Matias, com a agulha e o fio de prata.
Melhorámos: o tempo dos gestos aproximou-se do tempo das palavras!
Alguns participantes preferiram desempenhar os papéis do sexo oposto: «é mais engraçado porque não estamos habituados
(Pois! - colocar-se no lugar do outro, fazer dele, pode ser tão desafiador!...)

É, de certeza, este um dos grandes meios de experienciação do ser humano que queremos ser!



Obrigada a todos!
(sessão com o 4º A)

sábado, 16 de novembro de 2013

Dia Mundial da FILOSOFIA - 21 de Novembro

Estaremos presentes na Escola Secundária Afonso de Albuquerque (Guarda) para a apresentação: 

FILOSOFIA PARA CRIANÇAS: O QUÊ? PORQUÊ? COMO?

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Talk with me by Nigel Warburton

"(...)Yet this stereotype of the genius at work in complete isolation is misleading, even for Wittgenstein, Boethius, Machiavelli, Descartes, and Rousseau. Philosophy is an inherently social activity that thrives on the collision of viewpoints and rarely emerges from unchallenged interior monologue.(...)"
 
"(...)Western philosophy has its origins in conversation, in face-to-face discussions about reality, our place in the cosmos, and how we should live. It began with a sense of mystery, wonder, and confusion, and the powerful desire to get beyond mere appearances to find truth or, if not that, at least some kind of wisdom or balance.(...)"

Follow the LINK for the full article.

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

«Como é que Deus nasceu?»


Hoje a sessão de Filosofia para Crianças produziu uma boa bateria de perguntas a trabalhar! Uma delas, inclusivamente, «nem Deus sabe responder!: Quando é que Deus nasceu?»  
E, enquanto isto, os familiares da Gabriela chegaram com bolo de chocolate surpresa para lhe cantarmos os Parabéns! - Um mimo para todos!!  :) 
Já no final, alguém pediu desculpa e prometeu não faltar mais às sessões de Filosofia!
 
                                                                                                                                    Obrigada e até breve!
 
 

domingo, 27 de outubro de 2013

FILOSOFIA NAS ORGANIZAÇÕES

Formação, workshops e diálogos à medida da sua empresa ou organização.

Contacte-nos:entelequia.filosofiapratica@gmail.com

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

SOPHIA 20th Anniversary Meeting in Amsterdam

       SOPHIA - European Foundation 
                                  for the Advancement of Doing Philosophy with Children 

                                                                  Lá estaremos!


segunda-feira, 21 de outubro de 2013

GINÁSIO DA MENTE - Palavras que gosto + e -

Sessão semanal no Colégo Central de Gueifães, com grupo de crianças entre os 5 e os 7 anos e duração de 60 minutos.

Começámos com a pergunta OS ANIMAIS TAMBÉM FALAM?
O grupo dividiu-se: os animais falam e os animais só fazem sons. (Seguiu-se uma breve demonstração espontânea de vários sons de animais.)
Se calhar os animais falam mas nós não os entendemos. - propõe o Tomás. PORQUÊ? Porque, por exemplo, se calhar o hipopótamo fala hipópotamês e o gato gatês.- continuou.
Então os animais falam entre eles, eles entendem-se. Mas FALAM COMO NÓS?
Não, porque eles falam como animais e nós falamos como pessoas. (Mas às vezes parece, disse a Rita, apontando a inteligência do cão da vizinha). E QUAL É A DIFERENÇA ENTRE A FALA DOS ANIMAIS E A DAS PESSOAS?
Os animais e as pessoas fazem sons mas nós não percebemos os sons dos animais, só das pessoas porque as pessoas falam com PALAVRAS.
SE NÃO CONHECÊSSEMOS PALAVRAS COMO CHAMÁVAMOS A ISTO? (aponto para um chapéu). Era um _______ (silêncio). E a janela era uma ______ (silêncio). – avançou a Rita dramatizando os silêncios.
Sem palavras não podíamos dizer nada, estávamos sempre calados. CONHECEM ALGUÉM QUE NÃO SAIBA PALAVRAS? 
SIM!!! Os bebés não sabem palavras por isso só fazem barulhos. É como os animais, se calhar os bebés falam bebé mas não percebemos.
E vocês, conhecem muitas palavras? Conheço 999! - atirou o Lucas com precisão matemática.
Então vamos explorar algumas!

Exemplos:

 ESCUTA – ESCOLHA – DEFINIÇÃO - JUSTIFICAÇÃO - PROBLEMATIZAÇÃO – SÍNTESE

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Como ensinar: o pregador

O professor só pode ensinar o que o grupo previamente já sabe .
O grupo não necessita de professor, só através da discussão pode ensinar-se a si mesmo.




Excerto extraído de "Nasrudín: un maestro de la vía negativa" de Oscar Brenifier
Tradução de Gabriel Arnaiz

domingo, 13 de outubro de 2013

Facing death: Regrets and laments on deathbed

Palliative care nurse reveals the top 5 regrets people make on their deathbed:

1. I wish I’d had the courage to live a life true to myself, not the life others expected of me.

2. I wish I didn’t work so hard.

3. I wish I’d had the courage to express my feelings.

4. I wish I had stayed in touch with my friends.

5. I wish that I had let myself be happier.


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sábado, 12 de outubro de 2013

2' 21... perguntas


«Qual a pergunta que mais gostariam de ver respondida? Qual a vossa pergunta mais intrigante?, que mais vos faz pensar?»
A dois minutos do toque e... zás! - 21 perguntas.
Eis algumas:

Porque é que eu tive de nascer assim e porque é que eu nasci? Porque é que eu não nasci como outra pessoa?

Conseguirei ser alguma coisa na vida?

Porque é que não temos poderes como a invisibilidade ou o poder de controlar a electricidade?

Para que é que existimos?

Qual o sentido da vida?

Porque é que eu sou como sou?

Porque é que eu presto?

O que é a vida?

Porque é que nós os seres humanos somos mais desenvolvidos do que os outros animais? 

Porque existe a escola?

Achas que o meu conto de fadas tem um final feliz ou infeliz?

Porque é que eu sonho?

Porque sou muito sensível?

Às vezes quando falo, porque vem a lágrima ao canto do olho?

Quem sou eu? 

A amizade é a melhor coisa da tua vida? Porquê?

Porque existe racismo?

Gostas que alguém goze contigo?

Existe vida para além da morte?

O que há para além da via láctea?

grupo de alunos de 11 e 12 anos de idade

terça-feira, 8 de outubro de 2013

Um Projecto sobre Sentimentos

A Manuela, na última sessão, pediu para apresentar um projecto sobre sentimentos. Excelente! E esta semana já está pronto!
Depois da sua apresentação, recheada de bons momentos para exploração filosófica, passei o foco para a sua audiência e para perguntas: «Quem quiser pode agora fazer perguntas sobre o projecto da Manuela.»
Cada dedo no ar tinha uma ou várias perguntas a colocar:

«Se a cartolina tivesse mais espaço, o que colarias mais?»
«Se fosse necessário retirar uma das colagens da cartolina, qual retirarias?»
«E se os teus avós não te dessem dinheiro, continuavas a gostar deles?»
«A fotografia dos teus cães aparece na cartolina com a palavra Cães. Cães é um sentimento?»
«Aparecem apenas coisas que gostas. Mas, não há sentimentos que não gostes?»
«Esse trabalho é sobre ti ou é sobre sentimentos?»

Brilhante tempo este, dedicado a alunos do 5º ano!
Obrigada a todos!

Sessão de Filosofia para Crianças, 5º ano

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Montaigne e Prática Filosófica

"Tanto nos deixamos andar nos braços dos outros que destruímos as nossas forças. Quero armar-me contra o terror da morte? É à custa de Séneca. Quero arranjar consolação para mim ou outrem? Vou-a buscar a Cícero. Tirá-la-ia de mim próprio, se me tivessem habituado. Não gosto nada deste saber relativo e mendigado.(..)" *

CONSULTA FILOSÓFICA
: https://sites.google.com/site/entelequiafilosofiapratica/aconselhamento-filosofico-1 

http://entelequiafilosofiapratica.blogspot.pt/search/label/Aconselhamento%20e%20Consultadoria%20Filosófica


"Trabalhamos apenas por encher a memória e deixamos vazios o entendimento e a consciência. Assim como as aves vão algumas vezes em busca de grãos e os trazem no bico sem os comer, para alimentar os filhos, assim os nossos mestres vão pilhando a ciência nos livros e trazem-na na ponta da língua só para a vomitarem e a lançarem aos quatro ventos.(...)" *

PRÁTICA FILOSÓFICA com CRIANÇAS: http://entelequiafilosofiapratica.blogspot.pt/search/label/Filosofia%20para%20Crianças

http://entelequiafilosofiapratica.blogspot.pt/2011/06/filosofia-para-criancas-servicos.html


 * MONTAIGNE, Michel - Três Ensaios, Tradução de Agostinho da Silva, Vega, 1993 (2ª edição).