quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

2º Café Filosófico com Pais no Colégo Efanor

O percurso do diálogo:
 
- Enquanto educadores, sabemos porque fazemos o que fazemos?

- Porque fazemos o que fazemos?

- O que fazemos adequa-se aos objectivos que perseguimos?


«O Paraíso são os Outros»?

«Este livro surge depois de, no romance intitulado A Desumanização, reflectir acerca da popular expressão de Sartre. Como acontece ali, também esta história seria narrada por uma  menina. A passagem que me trouxe a este resultado diz:

"O Inferno não são os outros, pequena Halla. Eles são o paraíso, porque um homem sozinho é apenas uma animal. A humanidade começa no que te rodeia, e não exactamente em ti. Ser-se pessoa implica a tua mãe, as nossa pessoas, um desconhecido ou a suia expectativa. Sem ninguém  no presente ou no futuro, um indivíduo pensa tão sem razão quanto pensam os peixes. Dura pelo engenho que tiver e perece como um atributo indiferenciado do planeta. Perece como uma coisa qualquer."»
Valter Hugo Mãe, nota do autor em O Paraíso são os Outros. Porto Ed.

Javier Sobrino, Um Segredo do Bosque, OQO Ed.
Depois de Um Segredo do Bosque, onde o amor por vezes é visto como um problema, esta obra de Valter Hugo Mãe pareceu-me um bom caminho.
Ainda mais porque uma das ideias fortes da última sessão de Filosofia para Crianças com o 4º e 3º anos (defendida com afinco pela A., 3º ano) foi a de que, apesar de todas as dores de barriga, falta de palavras, vergonha e ficarmos paralisados e especados, vale a pena estar apaixonado!! «Vale mesmo a apena amar até se o outro não nos liga!» (A.)
Procurando explorar uma das mensagens em Sarte  que Valter Hugo Mãe cita: 
Um indivíduo, sozinho, é uma pessoa?


segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

«Um Segredo do Bosque»

«Num bosque do Norte, num dia de primavera, um esquilo fez um amigo novo, com quem partilhou algumas das suas nozes. O amigo partiu sabe-se lá para onde, mas ficou para sempre no coração do Esquilo, que doravante ficava com os olhos nublados e sentia cócegas no nariz (entre outros sintomas…) de cada vez que pensava nele. Sem perceber o que se passava consigo, falou com amigos como o Raposo e o Urso que o ajudaram a perceber que sentia algo de especial por aquele amigo... »
Um Segredo do Bosque
Javier Sobrino (texto), Elena Odriozola (ilustração), OQO (editora)


Esta é a sinopse da história que abriu a nossa sessão de Filosofia para Crianças, com o 2º ano. O amor tão imprevisto quanto insuspeito do bosque levou-nos a pensar sobre:
* Como sabemos que estamos apaixonados?
* Como ficamos quando estamos apaixonados?
Porquê?
* Qual a melhor maneira de dizer à pessoa por quem estamos apaixonados o que sentimos?

Sabemos que estamos apaixonados quando só pensamos na pessoa; estamos sempre a ver a pessoa; ficamos corados; ficamos nervosos, esclarece o grupo.

À parte dos conselhos de «urso grande» e «lobíssimo do lobo», os participantes não estavam fracos de ideias para dizer a alguém que se está apaixonado: Olhos nos olhos; em público; só os dois e dizer tudo o que sentimos; com uma canção; numa carta; marcar um encontro; ir jantar; ir dançar...

E quanto a amores improvavéis e a palpites alheios, talvez esta história ainda nos tenha algo mais a proporcionar! Ora espreitem:

 

Imagens e sinopse in http://www.catalivros.org



Grata a todos pela sessão.













sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Preferes pegar numa rã ou ser beijado por um macaco?

Inspirada por Jason Buckley, a sessão do 2ºA foi de escolhas. Difíceis por vezes...

O que preferes:
- Ser perseguido por um leão ou que uma cobra deslize por ti?

- Pegar numa rã ou ser beijado por um macaco?

- Comer um caracol ou comer um ratinho?

- Ver televisão com um assassino ou correr com um tigre?

- Entrar num aquário com uma enguia eléctrica ou ser picado por um mosquito?

A comunidade de investigação foi escolhendo, mais ou menos facilmente, entre os dois pólos propostos.
Houve quem mudasse de ideias - de facto se a cobra for venenosa, é melhor ser perseguido por um leão. Pode ser que não nos apanhe... (D.)

Para quem adora macacos, a segunda opção nada teve de custosa, apenas direito a algumas reservas - o macaco narigudo não!!! E este aqui dos dentes, da família do Mandril, também não!! (O D. entretanto deu um saltinho à biblioteca para nos mostrar um livro sobre macacos.) Pesou também o facto de algumas rãs, cor-de-laranja com umas pintinhas [serem] venenosas, por isso, prefiro ser beijado por um macaco.


Outros colegas, já na terceira opção, decidiram-se por comer um ratinho, porque tem carne e porque no Japão também se come e eles gostam. (T. e S.)

Ver televisão com um assassino é que NEM PENSAR! Além disso, se nos corportarmos com calma e se dermos comida ao tigre ele, apesar de feroz (S.), não nos fará mal. (D.)

A última foi fácil: ser picado por um mosquito, claro! (porque aqui nesta sala ninguém é alérgico!)

- A professora é um monstro, só põe coisas más!!
(sorrisos)
Bem, foi vez de deixar coisas assustadoras de lado:
Mousse de Chocolate ou Baba de Camelo?

As opiniões divergiram mas sem dificuldades de escolha pois, de facto, uns gostavam mesmo mais de uma sobremesa do que doutra.
- São capazes de me dar uma opção que seja mesmo difícil de escolher?
- «MacDonald's ou Mousse de Chocolate?» Aí é que era mesmo muito difícil para mim escolher: adoro os dois! (D.)

- Percebo... Agora são vocês a dar as opções. Já sabem qual é regra que têm de seguir?
- Sim, têm de ser os dois muito maus, ou muito bons! (T.)

Eis os resultados:
* Ir à escola ou comer um leão?
* Fazer o TPC ou ter óculos minúsculos?
* Ter esquilos ou ter filhos?
(- Porquê este par de coisas, S.?
- Porque gosto muito dos dois!)
* Ser comido por um leão ou por um gorila?
* Comer baba de camelo ou comer o cão?
* Comer um livro ou beber coca-cola? (-Oh, este não dá muito bem, claro que toda a gente prefere beber coca-cola... (S.)
* Ter Invizimals no quintal ou ter o Super-Mário no quintal?
* Ser uma menina ou usar óculos? - a S. fez uma cara esquisita como que não percebendo a disjunção: - Mas...Eu sou os dois!...

Sim, parece que isto dos dilemas tem mais que se lhe diga... E talvez as disjunções exclusivas surjam numa das próximas sessões de Filosofia para Crianças.






Grata pela sessão

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Investigar a Liberdade com o 4º ano do Colégio do Sardão


No blog do 4º A, portefólio digital das suas atividades, pode ler-se:
 
" Hoje, sexta-feira, assistimos a uma sessão de Filosofia para Crianças com o orientador Nuno. Depois de ouvirmos a história de Ulisses e dos seus marinheiros ficamos a refletir sobre os vários desafios que o orientador nos ia colocando.
Foi muito divertido, pois, por vezes, ficávamos com dúvidas sobre as nossas certezas."