sexta-feira, 30 de março de 2012

Platão: A Apologia de Sócrates - pdf

"(...) Ora, é possível que alguém perguntasse: — Sócrates, não poderias viver longe da pátria, calado e em paz? Eis justamente o que é mais difícil fazer e aceitar a alguns dentre vós: Se digo que seria desobedecer ao Deus e que, por essa razão, eu não poderia ficar tranquilo, não acreditaríeis em mim, supondo que tal afirmação é, de minha parte, uma fingida ingenuidade. Se, ao contrário, digo que o maior bem para um homem é justamente este, falar todos os dias sobre a virtude e os outros argumentos sobre os quais me ouvistes raciocinar, examinando a mim mesmo e aos outros e, que uma vida sem esse exame não é digna de ser vivida, ainda menos acreditaríeis ouvindo-me dizer tais coisas. Entretanto, é assim, como digo, ó cidadãos, mas aqui não é fácil ser persuasivo.(...)"
                                            
                                                  Faça aqui o download.

"(...)Porque morrer é uma ou outra destas duas coisas: ou o morto não tem absolutamente nenhuma existência, nenhuma consciência do que quer que seja, ou, como se diz, a morte é precisamente uma mudança de  existência e, para a alma, uma migração deste lugar para um outro. Se, de fato, não há sensação alguma, mas é como um sono, a morte seria um maravilhoso presente. (...) Assim, se a morte é isso, eu por mim a considero um presente, porquanto, desse modo, todo o tempo se resume a uma única noite.
Se, ao contrário, a morte é como uma passagem deste para outro lugar, e, se é verdade o que se diz que lá se encontram todos os mortos, qual o bem que poderia existir, ó juízes, maior do que este?(...)"

terça-feira, 27 de março de 2012

Programa À Descoberta - Centro Cultural Vila Flor - Guimarães

               O mote para o À Descoberta desta Páscoa foram os Princípios!!!


e a Laura (6 anos) presenteou-nos com o princípio (de início, afirmou!) de duas vidas!

Obrigada a todos!

segunda-feira, 26 de março de 2012

QUAL A VIRTUDE MAIS IMPORTANTE ?

Obrigado a todos os participantes no Café Filosófico deste domingo, 
25 de Março, no Clube Literário do Porto.

Leia aqui sobre a sessão.
Foto: José Rui Moreira Correia

 Saiba mais:  Diálogos Públicos "Horas de Filosofia"




 






quarta-feira, 21 de março de 2012

Enteléquia e a Filosofia Prática: o objectivo, os pressupostos, as funções, os serviços.

A Filosofia enquanto prática afirma-se como um movimento de apologia do retorno à matriz socrática (essencial relação entre Filosofia, Indivíduo e Sociedade) e pretende enfrentar a crise de identidade da Filosofia, identificável pelo auto encerramento nas cátedras das universidades, pela construção de sistemas filosóficos totalizantes desligados da realidade da vida quotidiana e por uma linguagem decifrável apenas por iniciados.
A proposta consiste na devolução da Filosofia à cidade e ao cidadão. O seu objectivo é a aplicação em situação de conteúdos e competências filosóficas às diversas dimensões da vida humana. Com Mathew Lipman afirmamos que “O pensar é natural mas também pode ser entendido como uma habilidade passível de ser aperfeiçoada.”
A Filosofia Prática repousa sobre os seguintes pressupostos: a Filosofia é uma actividade dialógica; tem como modelo o diálogo socrático; a Filosofia é uma busca incondicional dentro de um horizonte de racionalidade fundada numa atitude socrática; é no confronto com o não-Eu e na saída do já pensado que a Filosofia cumpre a sua natureza; as ideias, instrumentos do pensamento, se não analisadas e criticadas transformam-se em obstáculos ao pensamento.
Defendemos que a Filosofia desempenha 3 funções básicas:
- Identificação dos pressupostos em que se baseia o pensamento;
- Problematização e análise crítica do pensamento;
- Conceptualização, enriquecendo, reforçando ou modificando os esquemas de relação com o real.

Acreditamos, inspirados na sentença de Marco Aurélio, que"A qualidade da nossa vida depende da qualidade dos nossos pensamentos."

Conheça os nossos serviços:
--Aconselhamento e Consultoria Filosófica
--Filosofia para Crianças
--Formação de Professores e Educadores                  
--Filosofia nas Organizações
--Workshops conceptuais e temáticos
--Diálogos Públicos "Horas de Filosofia"

terça-feira, 20 de março de 2012

Café Filosófico no Clube literário do Porto - 25 de Março

A convite de Tomás Magalhães Carneiro e inserido no novo projecto Clube Filosófico do Porto, vamos dinamizar o próximo Café Filosófico, o último no Clube Literário do Porto.

QUAL A VIRTUDE MAIS IMPORTANTE ?

É já no Domingo.     Tiro de partida às 17:00.

Apareçam!

Saiba mais: DIÁLOGOS PÚBLICOS "HORAS DE FILOSOFIA"

segunda-feira, 19 de março de 2012

Is Free Will an Illusion ?


Free will has long been a fraught concept among philosophers and theologians. Now neuroscience is entering the fray.
The Chronicle Review brought together some key thinkers to discuss what science can and cannot tell us about free will, and where our conclusions might take us.

An interesting update on an old old discussion!

Source: http://chronicle.com/section/Home/5

sábado, 17 de março de 2012

Ancient Ethical Theory - Stanford Encyclopedia of Philosophy

While moral theory does not invent morality, or even reflection on it, it does try to bring systematic thinking to bear on the phenomenon. Ancient moral theory, however, does not attempt to be a comprehensive account of all the phenomena that fall under the heading of morality. Rather, assuming piecemeal opinions and practices, it tries to capture its underlying essence. It is the nature of such an enterprise to evaluate and criticize some of these opinions and practices but that is not its primary goal. Ancient moral theory tries to provide a reflective account of an essential human activity so one can grasp what is of fundamental importance in pursuing it.
Follow the LINK.
In historical order, the theories to be considered in this article are those of Socrates as presented in certain dialogues of Plato; Plato in the Republic; Aristotle; the Cynics; Cyrenaic hedonism; Epicurus; the Stoics; and Pyrrhonian skepticism.

sexta-feira, 16 de março de 2012

5 ways to develop CRITICAL THINKING in ICT

How do you encourage pupils and students to think critically in the context of educational technology?

1º  Walk the talk (be an example of);
Always ask "Why?";
3º Ask “How do you know?”;
4º Find some good resources;
5º Develop good activities to go with the resources.

Follow the LINK

Source: http://www.ictineducation.org/

quarta-feira, 14 de março de 2012

Uma OBRA de teatro encenando Saramago!

O culminar do projecto Ilha Desconhecida entre Enteléquia – Filosofia Prática e o Centro Cultural Vila Flor foi um convite ao émerveillement!
Brice Coupey actua num palco sem cenário fixo ou objectos decorativos e em vez disso desenvolve a acção numa espécie de “mesa de jogo” modulável. Objectos que se transformam por acção do actor, permitindo aos personagens viajarem de espaço em espaço segundo a evolução do conto.
Um espaço que se abre ao imaginário e nos leva numa viagem sensorial (à descoberta de nós mesmos!) absolutamente deliciosa!

Vimos ser possível fazer teatro para crianças sem as infantilizar e levar o público a navegar por mares nunca dantes navegados sem excepção de idades!

(Brice Coupey e a Cie L' Alínea estarão ainda em Viseu, no Teatro Viriato, nos próximos dias 16 e 17)

terça-feira, 6 de março de 2012

CONSULTA FILOSÓFICA - O PAPEL DAS ANTINOMIAS NA RELAÇÃO COM O REAL

A utilização das ANTINOMIAS revela-se proveitosa uma vez que as mesmas são importantes momentos de CONCEPTUALIZAÇÃO. São elementos fundamentais da estrutura do pensamento porque:
  • essenciais na construção da referida estrutura forçando a assunção/decisão/escolha por oposição; 
  • constituem-se como recursos metodológicos indispensáveis na verificação da solidez (validade lógica) da mesma uma vez que permitem a identificação de (possíveis) contradições.
 Na relação do Indivíduo com o Real as antinomias assumem uma dupla função:
  • simplificação operativa da realidade através da clarificação antinómica;
  • oportunidade de o pensamento se comprometer com uma posição e explorá-la até às últimas consequências.

Uno-Múltiplo
Essência-Existência
Objectivo-Subjectivo
Finito-Infinito
Ser-Parecer
Essencial-Acidental
Absoluto-Relativo
Causa-Efeito
Todo-Parte
Abstracto-Concreto
Actual-Potencial
Matéria-Forma
Corpo-Mente
Natureza-Cultura
Activo-Passivo
Razão-Paixão
Eu-Outro
Quantidade-Qualidade
Temporalidade-Eternidade
Análise-Síntese
Mesmo-Outro
Narração-Discurso
(Mythos)-(Logos)
Liberdade-Determinismo

segunda-feira, 5 de março de 2012

Sugestão: MONTAIGNE, TRÊS ENSAIOS

MONTAIGNE, TRÊS ENSAIOS, Tradução de Agostinho da Silva, Vega, 1993 (2ª edição)

     . Do professorado           .  Da educação das crianças  
                        . Da arte de discutir

Trabalhamos apenas por encher a memória e deixamos vazios o entendimento e a consciência. Assim como as aves vão algumas vezes em busca de grãos e os trazem no bico sem os comer, para alimentar os filhos, assim os nossos mestres vão pilhando a ciência nos livros e trazem-na na ponta da língua só para a vomitarem e a lançarem aos quatro ventos. p.13

Conheço alguns que, quando lhes pergunto o que sabem, me pedem livros para indicar. (…) Tanto nos deixamos andar nos braços dos outros que destruímos as nossas forças. Quero armar-me contra o terror da morte? É à custa de Séneca. Quero arranjar consolação para mim ou outrem? Vou-a buscar a Cícero. Tirá-la-ia de mim próprio, se me tivessem habituado. Não gosto nada deste saber relativo e mendigado. p.16

sábado, 3 de março de 2012

A Ilha Desconhecida foi à descoberta da Escola da Ponte!


Era bom se existisse de verdade uma porta das decisões para nos comprometermos com aquilo que decidimos… Podíamos criar uma porta das decisões imaginária como a linha do Equador, não podíamos?  Claro que sim, a Comunidade de Investigação da Ponte aceitou de imediato a possibilidade!
Havíamos decidido! Mas entretanto o sonho prendeu-nos… E o que é um sonho afinal? É necessário definir, afirmou assertivamente um membro! Laborámos, laborámos, e eis que surge: um sonho é um desejo AINDA não realizado! A Comunidade é unânime e mostra-se esfuziante com a nova descoberta!
Surpresa quando no segundo grupo NADA nos chama a atenção! Se “nada, é algo incerto ou inexistente?”. A sério? Bonito serviço! Mas afinal, o que é o Nada? Será Nada “uma palavra que define aquilo que não existe” ou “uma palavra que define o incerto”?


Obrigada a todos pela entrega!

quinta-feira, 1 de março de 2012

Free Will Does Not Exist. So What?

(...)Most of all, the deterministic nature of the universe is fully compatible with the existence of conscious deliberation and rational thought. These (physical and determined) processes can influence our actions and our thoughts, in the same way that the (physical and determined) workings of a computer can influence its output. It is wrong, then, to think that one can escape from the world of physical causation—but it is not wrong to think that one can think, that we can mull over arguments, weigh the options, and sometimes come to a conclusion. After all, what are you doing now? (...)

By Paul Bloom (professor of psychology and cognitive science at Yale University)

Follow the LINK to read the full text.

O Pequeno Livro do Filósofo, de Desidério Murcho

"(...) O mote do livro é que qualquer pessoa pode tornar-se um filósofo. Isto é algo escandaloso em muitos sectores da cultura de língua portuguesa, que vêem o filósofo como um guru tocado pelos deuses, e não como um ser humano como os outros, apenas interessado num certo tipo de problemas e com um certo tipo de talento para os enfrentar. (...)"           Desidério Murcho

Siga o LINK para aceder à obra:
 O Pequeno Livro do Filósofo
Ouro Preto: Edição de Autor, 2009, 139 pp.

Fonte: http://criticanarede.com/