sábado, 25 de abril de 2015

O Prisioneiro Voluntário

- Filosofia é a junção de duas ideias: Philo (amor/amizade) e Sophia (saber/ sabedoria). E, como tal, quer dizer amor à sabedoria.

«- Ah, então eu sou filósofo!» Rian



John Locke acompanhou-nos durante esta semana na escolinha de Benfarras e Mãe Soberana (Loulé), com alunos dos 3º e 4º anos.
A sua experiência de pensamento, a fim de investigar a definição de Liberdade, teve o efeito de perplexidade (- Isso nem parece uma prisão!) e de esclarecimento/ definição. O que se procurava, portanto.

Um homem é levado, durante o seu sono, para a prisão. Tem uma cama confortável, pode escolher livros para ler e tem uma boa colecção de música. Tem até uma companhia com quem gosta de conversar e trocar ideias. Sente-se bem na prisão, não quer sair de lá. Contudo, caso quisesse, não podia. É este homem livre? - é esta a proposta do filósofo e também a nossa pergunta.

E, sinceramente, está mesmo tudo no quadro. Ora espreitem e tentem encontrar
* a diferença entre liberdade absoluta e relativa;
* razões justificativas para as teses "O prisioneiro é livre." e "O homem não é livre.";
* a diferença entre "não querer sair", "não poder sair" e "não querer sair e poder sair";
* a capacidade de exercer a escolhas;
* exemplos de coisas que não podemos mesmo fazer, como voar ou ficar debaixo de água durante horas sem a ajuda de qualquer máquina 
* ...

Só não ficou objectivamente registado  o carácter irresistível da discussão, para o Rúben em especial, que diz não colocar o dedo no ar para "Quem ouviu a história?" nem para "Quem não ouviu a história?" porque não gosta de estar dentro da sala. Mas que nos brindou, voluntariamente, a partir do meio da sessão, com alguns exemplos de coisas que podemos escolher e de coisas que não podemos escolher. 




 E para terminar, ainda tive direito a uma prendinha!
Obrigada a todos pelas sessões calorosas.