04/07/2011 Duração da sessão: 75 minutos.
Iniciámos a sessão procurando definir os conceitos em causa: criatura e céu. Estabelecidas as definições provisórias e operativas do grupo, o próximo passo foi elencar as múltiplas criaturas do céu. Em estilo brainstorm, rapidamente o quadro ficou preenchido.
A enorme mancha de conceitos exige organização. Que tal um exercício de categorização?
Dialogando chegámos lá. Assim, 3 categorias de criaturas: seres vivos (reais), máquinas feitas pelo homem e seres fantásticos (imaginários).
A primeira marcada pela biologia, a segunda pela aventura da técnica, a terceira com surpreendentes referências a mitologias clássicas e contributos do mundo da animação infantil.
(Unicórnio voador???? Aceso foi o debate relativo à capacidade voadora dos unicórnios. A votação democrática conclui esse micro-debate, decidindo a impossibilidade do unicórnio cruzar os céus.)
À primeira categoria convinham conceitos como falcão, pica-pau, morcego, vespa, libelinha, águia, mosca, papagaio, a inevitável borboleta, o pink flamingo e muitos outros seres esvoaçantes.
Naves, aviões, helicópteros, dirigíveis, para-quedas e afins preencheram a segunda.
Criaturas com nomes aparentemente japoneses e de impossível registo escrito marcaram presença, gárgulas, vampiros, cavalos alados, fadas, o Dumbo, banshee (!), os grifos, a fénix enchiam a categoria fantástica. (Inesperado conhecimento das mitologias clássicas para crianças de 10-11 anos. Uma vez mais sou recordado: nunca subestimar as crianças e deixar os pressupostos à porta.)
Uma questão se tornava premente:
Se são seres imaginários, como os imaginamos?
Como formamos essas ideias?
(David Hume guia a pesquisa destas crianças e Descartes tenta sussurrar os seus 3 tipos de ideias, pormenorizando as factícias. A sua competição particular prossegue!)
O mecanismo de formação destas ideias foi rapidamente descodificado: o segredo está na combinação de elementos das várias ideias. Tal segredo foi metaforizado como a chave da imaginação.
Experimentaram, descobriram e actualizaram a abertura a mundos possíveis.
Concluindo a sessão e relaxando o músculo intelectual, novo desafio:
Escolher 4 criaturas do céu; Imaginar uma nova criatura do céu composta por características das 4 escolhidas; Breve fundamentação da escolha através de 3 linhas síntese; Desenho representando a novel criatura.
Assim informo, quando perscrutarem o céu estejam atentos ao Foclak, ao Difalampi, ao Flavescolipica, ao Papiflabu, ao Abelame e ao meu favorito, o temível e poliglota Vesrugaio.
Obrigado por esta excelente sessão.