segunda-feira, 25 de agosto de 2014

"O pensamento como exercício comunitário: colaboração, crítica e autocorrecção. "

I Jornadas ASSP (Associação de Solidariedade Social dos Professores) - GUIMARÃES
Escola e Comunidade: Redes Colaborativas

Enteléquia - Filosofia Prática presente na mesa dedicada a BOAS PRÁTICAS em Projectos Colaborativos.
 
 
Nuno Paulos Tavares - Comunicação e posterior diálogo:
"O pensamento como exercício comunitário: colaboração, crítica e autocorrecção. "


quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Férias em Grande: ÁGUA FILOSÓFICA

 

A Apedcm - Ass. de Pais da Escola Dr. Costa Matos, em  Vila Nova de Gaia, recebeu-nos hoje para os já habituais Diálogos Filosóficos das Férias em Grande.
 
Várias perguntas foram nascendo a partir da observação inicial de uma simples palhinha num copo de água.
Observando-se que, em resumo, duas coisas aconteciam (a palhinha aparecia-nos «cortada» ou com uma largura diferente e isso era causado quer pela água, quer pela nervura do copo plástico) logo surgiu, ainda que subrepticiamente, a questão: A palhinha mudou quando imersa em água?
 
No decorrer do exercício, essa questão tornou-se manifesta nas perguntas colocadas pelos participantes:
 
 
Ao ler em voz alta todas as perguntas várias vozes fizeram notar alguns factos:
 
* algumas perguntas são iguais, querem saber a mesma coisa;
* algumas perguntas têm a resposta lá dentro;
* algumas perguntas respondem a outras...
 
Numa tentativa de agrupar as perguntas semelhantes o Alexandre sugere o seguinte grupo: 2, 3, 4 e 7.
O grupo reagiu discordando: o Luís explica que «parece diferente» se distingue de «deforma», porque aqui a palhinha já é diferente e não apenas parece diferente.
O Alexandre concordou e refez a sua ideia e o restante grupo colaborou com outros exemplos de coisas que parecem mas não são:
* na Matemática, podemos estar a ver uma parte do sólido, apenas, e ele parece-nos uma face, relembrou a Beatriz.
* quando colocamos açúcar na água (ou sal) ele fica invisível mas ele está lá! A água fica doce!, nota o Luís.
 
Mas....,esta diferença entre o que parece ser mas não é, só se aplica esta experiência da palhinha dentro ou fora do copo de água? Na Matemática e no laboratório de Ciências?
 
«- Não! Não, não , não!!! - exclamou imediatamente a Beatriz: às vezes parece-nos que uma pessoa é boa, mas depois... Não é.»
 
As perguntas seguiram-se naturalmente:
* O que é uma boa pessoa?
* Como sabemos que uma boa pessoa é uma boa pessoa?
* Essa pessoa é boa porque é boa ou porque nós a vemos boa? (Em paralelo com a palhinha - bem colocam o Luís e o Alexandre em evidência - ela deformou-se ou nós é que a vemos deformada?)
 
Fomos em busca de atributos que definem uma boa pessoa:
fiável (Beatriz); ajuda sem querer nada em troca (Luís); tem respeito pelos outros (Sheila); é amiga e carinhosa (Morais); é simpática e não diz as coisas pelas costas (Fábio); fiel (Ricardo)...
Até que o Alexandre reiterou: «-Não é possível definir uma boa pessoa!»
- Porquê?
«- Porque todos dizem uma coisa diferente!!»
 
A Inês Rocha, corajosamente quis saber «Então e eu, sou boa pessoa?» Um alvoroço, «Sim!» «Não!» «Sim!» «Não!» «Assim-assim!», enquanto todos a rodeiam com grande carinho e respeito.
Bem, afinal ... parece estar aqui qualquer coisa de definição! :)
 
Grata a todos pelo empenho e dedicação!!